Páginas

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Internet obriga a pensar de forma ligeira e utilitária, diz Nicholas Carr

20/09/2010 - 06h00

MARCELO LEITE
DE SÃO PAULO

Nicholas Carr cutucou a onça da internet com um argumento longo e bem-desenvolvido no livro "The Shallows What the Internet is Doing to Our Brains" (que poderia ser traduzido como "No Raso O que a Internet Está Fazendo como Nossos Cérebros" e será lançado no Brasil pela Agir). Em poucas palavras, a facilidade para achar coisas novas na rede e se distrair com elas estaria nos tornando estúpidos.

Era o que estava implícito no título de um artigo de Carr em 2008 (ele prefere o qualificativo de "superficiais") que deu origem a uma controvérsia acesa. E, também, ao livro, que já vendeu mais de 40 mil cópias nos Estados Unidos e está sendo traduzido em 15 línguas.
Divulgação
Nicholas Carr recusa a pecha de alarmista, mas recomenda restrição do acesso de alunos à internet nas escolas
Nicholas Carr recusa pecha de alarmista, mas recomenda restrição do acesso de alunos à internet nas escolas

Carr recusa a pecha de alarmista, mas sua preocupação com os efeitos não pretendidos das "tecnologias de tela" é tanta que ele recomenda a restrição do acesso de alunos à internet nas escolas. Não descarta que a rede possa evoluir para a veiculação de ideias menos superficiais, mas tampouco vê indícios de que irá nessa direção.
"A internet, sendo um sistema multimídia baseado em mensagens e interrupções, tem uma ética intelectual que valoriza certos tipos de pensamento utilitários", lamenta o jornalista. Ele já foi assinante de Facebook e Twitter, mas abandonou esses serviços para manter a concentração e a capacidade de refletir em profundidade.

Leia abaixo trechos da entrevista telefônica dada por Carr da casa de parentes em Evergreen, Colorado, onde se refugiou depois de evacuado em consequência de incêndios florestais que se aproximavam de sua casa nas montanhas Rochosas.


segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Hackeada

Passei alguns meses sem atualizar meu blog. Estava muito ocupada e assumi alguma responsabilidades que não me deixavam pensar em algo para escrever aqui.

No entanto, voltei hoje e para minha surpresa, o blog estava cheio de lixo. Desde como ganhar dinheiro com a internet até anúnicos de viagra, amostras grátis de remédios e mensagens evangélicas. Como essas pessoas tiveram acesso ao Depósito e publicaram esssas mensagens, não sei.

Só me resta pedir desculpas aos poucos seguidores que tenho neste espaço e dizer que não foi absolutamente minha intenção aborrecê-los de maneira alguma. Espero que isto não volte a acontecer.

Um abraço e boa semana a todos

Observações sobre a copa de uma não-torcedora

Início do jogo 15:35... the clock is ticking. Mas acho que vale a pena eu comentar algumas coisas. Estava eu no MSN com um amigo de 14 anos, filho de um amigo de 43, qeu em disse que estava torcendo pela seleção de Gana. Na verdade, eu nem sabia que a seleção de Gana ainda estava competindo... está?
Bem, ninguém diria que eu sou uma grande fá de futebol. No entanto, ele me dsse que todos ficavam meio cegos para os problemas sociais em época de copa - coisa que eu concordo, mas que precisamos sempre relativizar. Do que o brasileiro comum pode se orgulhar hoje em dia? Em décadas passadas, além do futebol, tínhamos a F-1. O orgulho nacional não pode se pautar apenas em desenvolvimento econômico. Sim, tivemos alguns progressos nos últimos 8 anos, mas a vida é só isso... ?


Poder comprar comida, comer carne, por a dentadura na boca, tomar iogurte, adquirir nossas casas [minha casa, minha vida... é mesmo?] - mesmo se as cidades não permitam finaciamento do governo porque os terrenos são ilegais.

A vida é isso? Sei que existem no pensamento filosófico e sociológico, duas vertentes: uma do ascetismo - marxista - onde só a necessidade imediata importa; e outra - dionisíaca - onde só o prazer importa. Será que não há um meio termo?

Trabalhamos para conseguir um meio digno de vida, mas também para ter algum prazer na vida. Tem de haver um meio termo entre as duas.

Torcer por um time de futebol é esquecer das coisas substantivas da vida? Eu diria que não. E, observem, eu não sou fã de futebol. Eu classifico o futebol em uma esfera, onde a racionalidade não está necessariamente presente. É onde a esperaça habita. Existem algumas coisas em que podemos depositar nossa esperança e o nosso orgulho. Os esportes são os meios mais profícuos. Por que? Porque podemos nos identificar com eles, podemos eleger ídolos (heróis nacionais), podemos projetar nossos anseios de grandeza.

Por que Maradona mobiliza tanto os Argentinos? Porque mexe com seu orgulho nacional. Mexe com os sentimentos de um país que passou por muitas dificuldades econômicas na segunda metade do século XX e início do século XXI e que, mesmo assim, ainda não se recuperou de suas dificuldades. Porém, conserva uma última esfera de orgulho nacional: sua seleção de futebol. Devemos sensurá-los? Claro que não. Por que o povo, tão privado de seus direitos fundamentais, suas conquistas, sua cidadania, deveria se privar de algo para se orgulhar? Não "culpo" povo algum. Nós, seres humanos, precisamos de motivação para seguir em frente, para ter algo por que lutar, seja família, filhos, sobrevivência, não sei... Os motivos são inúmeros, mas precisam ter significado para o indivíduo e para seu círculo mais próximo.

Pé na Estrada


Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...